Jaqueline deixa hospital e se emociona ao ser recepcionada por Fabi

domingo, 16 de outubro de 2011


Depois do susto na partida de estreia da Seleção Brasileira feminina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos contra a República Dominicana, a ponteira Jaqueline deixou o hospital na tarde deste domingo. O sorriso estampado no rosto, no entanto, deu lugar às lágrimas no momento em que a atleta chegou ao hotel e reencontrou a líbero Fabi, envolvida no lance que tirou a camisa 8 dos Jogos Pan-Americanos e da Copa do Mundo em novembro, competição que vale vaga na Olimpíada de Londres 2012.

Recepcionada pela líbero, Jaqueline deu um demorado abraço e se emocionou. "É muito ruim ficar no hospital", disse à amiga, que procurou adotar um discurso de tranquilidade. "Não chora não, estamos com saudades", afirmou.
Com um colar cervical, que deverá ser utilizado pela atleta nas próximas oito semanas, a jogadora acenou às pessoas que a esperavam no Hospital Real San Jose e fez um sinal de positivo para simbolizar o final do susto.
Sorridente ao deixar o hospital, Jaqueline procurou demonstrar que o susto passou. A jogadora, diagnosticada com uma fratura cervical por conta do forte choque com a companheira de time Fabi, caminhou normalmente e carregou consigo as flores recebidas do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que visitou a atleta neste domingo.
O ano não está fácil para Jaqueline. A atleta voltou à Seleção Brasileira após perder bebê em maio - o primeiro filho dela com o marido Murilo, destaque da Seleção masculina de vôlei. As disputas no México tinham gosto de redenção para jogadora. Em 2007, pouco antes do Pan do Rio, quando defendia do Monte Schiavo/Jesi, da Itália, testou positivo para sibutramina, o que acarretou o seu afastamento sistemático da Seleção. Sem uma de suas mais talentosas atacantes, o Brasil parou em Cuba na final.
No último sábado, Jaqueline se lesionou no segundo set da partida contra a República Dominicana. Em uma cena chocante, a atleta colidiu a nuca com a cabeça de Fabi e precisou ser retirada de quadra em uma maca.
Após passar por 20 minutos de exames primários na própria enfermaria do ginásio, a atleta deixou o local de ambulância e acabou transportada para o Hospital Real San Jose. Exames realizados durante a madrugada, no entanto, amenizaram a preocupação, já que a lesão não afetou a medula e nem obrigará a ponteira a passar por uma cirurgia.
Neste domingo, a atleta passou por mais uma ressonância magnética e permaneceu no quarto do hotel até a hora da alta.

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