Galã da Record não se incomoda em só fazer papéis de mocinho

segunda-feira, 26 de março de 2012


Marcos Pitombo comemora a boa fase com personagem em ‘Vidas em Jogo’
O olhar seguro de Marcos Pitombo se encaixa com perfeição em personagens heróis ou mocinhos. Prova disso é que a carreira deste ator carioca, de 29 anos, tem sido esculpida em papéis do gênero, como o destemido Rei Assuero, de A História de Esther, seu primeiro protagonista na TV, ou mesmo o sofrido e corajoso Lucas, em Vidas em Jogo, ambas na Record. Na reta final da trama de Cristiane Fridman, Marcos lembra o início da carreira como modelo e assegura que seu atual personagem tem dado ao público o gostinho de se vingar do grande vilão da trama: Cléber, de Sandro Rocha. Para as cenas mais densas e violentas, Marcos se inspirou em longas contemporâneos que falam sobre distúrbios psicológicos, grandes traumas e muita vingança. “O público está lavando a alma com meu personagem”, comemora Marcos, que também está filmando o longaSorte Grande, com Danielle Winits e Leandro Hassum.
Na trama, seu personagem começou meio camuflado. Com o tempo, foi se transformando e mudou radicalmente após a morte da mulher Andrea, da Simone Spoladore. Como você analisa essas transformações dele na história?
Marcos Pitombo - Essa história de amor determinou tudo. Depois que a Andrea vira milionária, é estuprada, sofre chantagens, descobre que está com HIV, acaba morrendo e ele se desespera. Esta sucessão de eventos foi traumática para o Lucas. Foi drama demais! Isso fez com que o personagem passasse a ter uma paleta de cores mais carregadas, com muito ódio e sentimento de vingança. Ele passa a perder a fome, tem comportamento bipolar, depressão e alucinações. Decide fazer justiça com as próprias mãos. Tive de buscar outras referências para ele.
Quais?
Marcos Pitombo - Como ele foi muito influenciado por sentimentos de vingança pelo Cléber (papel de Sandro Rocha, que transmitiu HIV para a personagem de Simone Spoladore ao estuprá-la), meu foco foi nessa energia. Assisti a alguns longas mais recentes, como o argentino O Segredo dos Seus Olhos, (de Juan José Campanella), A Pele Que Habito, (de Pedro Almodóvar) e o Cisne Negro, (de Darren Aronofsky). Este último também fala sobre alucinações. Queria que o Lucas ficasse bem crível, desestabilizado. Mas ele continua com uma índole boa.
Desde sua estreia na TV, em Malhação, em 2006, você sempre faz mocinhos ou heróis, como o Valente, deOs Mutantes e o protagonista da minissérie A História de Esther, o Rei Assuero.
Marcos Pitombo - Sempre venho de personagens mocinhos mesmo, mas o Lucas está indo para outro lugar. Tudo pode acontecer nessa fase da trama. Tive e tenho cenas difíceis, com muita carga dramática e isso é bem promissor. Mas o que me assustou foi ser escalado para o protagonista em Esther. Era para eu fazer um papel menor e me deram o protagonista em cima da hora. Mas faço tudo com sede e garra. Realizo meu trabalho aos poucos, dia após dia.
Como tem sido o retorno do público?
Marcos Pitombo - Esse personagem é bem popular. É impressionante o “feedback” positivo da novela. No começo, todo mundo falava dele ser motorista de táxi. Mas, logo depois, veio a discussão da Aids. As pessoas falam de uma forma positiva sobre o tema. A gente não vê a cara da doença hoje em dia, não se fala muito nisso, mas os números ainda são preocupantes. O sofrimento dele, a morte da Andrea e a sede de justiça provocou uma catarse, uma comoção.
Você largou a faculdade de Odontologia na UFRJ para fazer a Oficina de Atores na Globo. Como foi esse início?
Marcos Pitombo - Fazia faculdade e atuava nos fins de semana até que uma produtora de elenco me chamou para um teste para a oficina. Para fazer o teste, tive de fazer fotos profissionais e, por causa das fotos, me chamaram para trabalhar como modelo na China. Fiquei um tempo lá e voltei para o Brasil direto para a Oficina de Atores da Globo. Quando acabou, fui escalado para Malhação. Foi uma aposta arriscada, mas sou feliz de ter feito essa opção.
As informações são do Portal Terra

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